Disciplina: Gestão da Informação

INSTITUTO TÉCNICO DE EDUCAÇÃO E CIDADANIA – ITEC

Disciplina: Gestão da Informação

Aluno: Cícero Rodrigues Marinho Filho

Pós - Graduação Lato Sensu em Gestão Pública

 

Os conteúdos da disciplina Gestão da Informação são de suma importância para o aprimoramento dos conhecimentos dos discentes, pois tem como objetivos desenvolver as competências de profissionais do setor público, preparando-os a empregar formas flexíveis de gestão, descentralização de funções, mobilizações de equipes e parceiros, negociação intergovernamental e com a sociedade, articulação intersetorial e institucional, bem como planejamento e integração entre políticas e processos governamentais.

Justifica-se a gestão da informação, pelo constante desenvolvimento de novas tecnologias no campo da gestão pública, surge então a necessidade de alinhar o conhecimento de diversos gestores público tornando-os capacitados para a implementação destas tecnologias.

Com as transformações tecnológicas que vem ocorrendo na sociedade é fato consumado que essas transformações atingiram também as Organizações da Administração Pública.

Com essa automação no setor tecnológico surgiu um novo modelo denominado de        “GRP – Government Resource Planning” ou Sistema Integrado de Gestão Pública que tem como foco o gestor público.

Este novo conceito tem como objetivos a revisão e automação de processos; estratégias e redimensionamento, realocação, capacitação e valorização do serviço público; redução de custos; otimização da arrecadação; melhoria da qualidade dos serviços prestados.

No que se refere à informação se faz necessário entendermos o que vem a ser dados. Dados é a informação não processada, ou seja, a matéria prima da informação.

É importante destacar que a informação tem um ciclo de vida que deve ser considerado que vai desde a sua aquisição, validação, processamento, armazenamento, distribuição, utilização, recuperação e reutilização.

Com relação à Tecnologia da Informação e Comunicação – TIC, esta inserida em um sistema de informação composto pelos seguintes componentes: pessoas, software, dados, redes, Hardware. Deve ser levando em conta todos os recursos inerentes a cada um desses componentes.

É importante destacar também os atributos da qualidade da informação, quais sejam tempo, forma e conteúdo.

O papel importante do sistema de informação é dar apoio às operações e processos, à tomada de decisão empresarial, bem como estratégias para vantagem competitiva.

Considerando os sistemas de informação, temos Sistemas de Apoio às Operações que são: Sistemas de Processamento das Transações, Sistema de Controle de Processos e Sistemas Colaborativos; e o Sistema de Apoio Gerencial que são: Sistemas de Informação Gerencial, Sistema de Apoio à decisão e Sistema de Informação Executiva.

Vejamos a seguir a definição de Sistema da Informação:

Um sistema de informação (SI) pode ser definido tecnicamente como um conjunto de componentes inter-relacionados que coletam (ou recuperam) processam, armazenam e distribuem informações destinadas a apoiar a tomada de decisões, a coordenação e o controle de uma organização. Além de dar apoio à tomada de decisões, à coordenação e ao controle, esses sistemas também auxiliam os gerentes e trabalhadores a analisar problemas, visualizar assuntos complexos e crias novos produtos. (LAUDON, K; LAUDON, J., 2010, p.12).

A Gestão do Conhecimento tem como objetivo controlar, facilitar o acesso e manter um gerenciamento integrado sobre as informações em seus diversos meios.

Uma das principais preocupações na área da gestão do conhecimento reside na busca da melhoria de desempenho das organizações através de condições organizacionais favoráveis, processo de localização, extração, partilha e criação de conhecimento, assim como através das ferramentas e tecnologias de informação e comunicação.

Podemos definir conhecimento como a capacidade de entender a informação, o qual pode ser dividido em conhecimento vulgar que é o conhecimento adquirido no dia a dia sem respaldo científico. Já o conhecimento científico tem base científica para a definição de seus conceitos.

O conhecimento pode ainda ser divido em conhecimento tácito e conhecimento explícito. O conhecimento tácito é aquele que geralmente é fruto de uma longa experiência, de uma convivência. Sua transmissão é extremamente complexa, pois necessita interações prolongadas, acertos e erros. Já o conhecimento explícito é geralmente qualificado de “objetivo” e mais simples de ser codificado, ou seja, formalizado com palavras, números e fórmulas, para ser transmitido rapidamente e em grande escala. Geralmente, é percebido como teórico e sua transmissão pode ser realizada muito formalmente.

Uma tendência na Administração Pública é o e-gov (electronic government), que consiste no uso das tecnologias da informação e na entrega dos produtos e serviços do Estado tanto aos cidadãos como à indústria.

O conceito de e-government refere-se, portanto, à aplicação da Internet e das tecnologias de rede para digitalizar as relações entre governo e órgão públicos e o cidadão, empresas e outros braços do setor público. Além de melhorar a prestação de serviços, o e-government pode tornar as operações do governo mais eficientes e, até mesmo, dar mais poder aos cidadãos, ao facilitar seu acesso às informações e permitir que interajam eletronicamente com outros cidadãos. Em alguns estados norte-americanos, por exemplo, os cidadãos podem renovar sua carteira de habilitação ou pedir seguro desemprego on-line; além disso, a Internet tornou-se uma poderosa ferramenta para mobilizar instantaneamente grupos de interesse em torno de ações políticas ou da arrecadação de fundos. (LAUDON, K.; LAUDON, J., 2010, p.50).

O e-gov trás agilidade e eficiência no atendimento ao público e melhor qualidade dos serviços prestados à sociedade.

Proporciona o monitoramento on-line dos projetos oferecidos pelo governo à sociedade. E ainda, proporciona um espaço físico maior no ambiente de trabalho devido à redução ou até mesmo a eliminação de papeis, o que torna a gestão voltada à sustentabilidade.

A sociedade ainda oferece grande resistência a esse modelo de gestão, principalmente os excluídos digitalmente, preferindo os modelos tradicionais de atendimento.

Para que esse modelo seja efetivamente eficaz ante a sociedade esta deverá estar inserida no mundo da informação, e assim fazer um bom uso do governo eletrônico por meio da comunicação digital.

Com relação à Inclusão Digital temos que é o processo de democratização ao acesso às tecnologias da informação a toda sociedade.

A inclusão digital, para acontecer, precisa de três instrumentos básicos que são: computador, acesso à rede e o domínio dessas ferramentas, pois o mais importante é o cidadão saber o que fazer com essas ferramentas.

Tem-se que as Tecnologias da Informação vieram para ficar e, no futuro, quem não estiver incluído digitalmente viverá sob uma limitação social importante, perdendo inclusive direitos garantidos à cidadania, aliado a isto existe a necessidade do acesso pleno à educação.

Quando se fala em Inclusão Digital é importante ressaltar o analfabetismo digital que é a incapacidade de lidar com meios digitais, ou seja, as novas tecnologias.

Esse é um assunto que nos remete à exclusão digital que é o surgimento de barreiras sócio econômicas entre indivíduos, famílias, empresas e regiões geográficas, a qual decorre da desigualdade quanto ao acesso e uso das tecnologias da informação e comunicação.

Em se tratando de Gestão da Informação é importante entendermos os conceitos de Internet, Intranet e Extranet.

Para ANDRADE (2012, p.47), “internet é o conjunto das redes, em escala mundial, interligadas utilizando uma mesma tecnologia (protocolos TCP/IP),permitindo o acesso à informações e transferências de dados”.

A internet é uma rede pública e global de comunicação que fornece conectividade para todos via rede local (LAN ou WLAN) e através de um Internet Service Provider (ISP).

Vejamos a definição de Intranet na seguinte citação:

Intranet é uma rede privada que se baseia na mesma tecnologia da Internet, mas que é utilizada para agilizar e incrementar a comunicação e a produtividade dentro de uma empresa. Consequentemente, todos os conceitos aplicados à Internet podem ser também aplicados à Internet, que pode ser então considerada uma Internet “em miniatura” ou “privada”. (ANDRADE et al., 2012, p.47).

O acesso à Intranet só é permitido a empregados com senhas e códigos de acesso. A Intranet está limitada a informações relacionadas com a empresa.

Outra definição importante a ser esclarecida é o que vem a ser Extranet, senão vejamos:

Extranet e a parte de uma internet que usa a Internet para compartilhar para de suas informações. Uma Extranet também pode ser entendida como uma porção da rede da empresa que é disponibilizada a usuários externo. Outro uso comum do termo Extranet se dá na designação da “parte privada” de um site, onde somente “usuários registrados” podem navegar previamente autenticados por sua senha (login de acesso). (ANDRADE et al., 2012, p.47).

Ou seja, quando uma informação de uma intranet é aberta a clientes ou fornecedores de uma empresa, essa rede passa a ser chamada de extranet.

A WEB 2.0 é a segunda geração da Web, tendência que reforça o conceito de troca de colaboração entre os internautas, sendo que seu ambiente on-line é mais dinâmico e os usuários colaboram para a criação, compartilhamento e organização de conteúdos. Tem o seu conceito de internet como plataforma e desenvolve aplicativos que aproveitam os efeitos de rede e se tornam melhores quanto mais são usados pelas pessoas, ou seja, aproveita a inteligência coletiva.

Assim se encaixa a enciclopédia Wikipedia, cujas informações são disponibilizadas e editadas pelos próprios internautas, tais como blogs, Youtube, redes sociais e outros.

No ambiente on line há várias ferramentas de busca, portais, sites, hotsites e blogs, mídias sociais, ferramentas de comunicação, mundos virtuais e games.

O Portal tem 100% de seu foco no seu público, e lhe cria conteúdos específicos, os conteúdos verticais. E ainda, o portal possui ferramentas que constroem relacionamento real entre os que elaboram e os que consomem a informação, como fóruns, chats que promovem a construção de conhecimento.

O Site tem como principal objetivo organizá-la, estruturando todo o conteúdo de forma hierarquizada para que seja entendido e acessado com facilidade. O site se estiver bem estruturado a informação será encontrada com facilidade e o objetivo final foi alcançado.

Hotsites são áreas de informação elaboradas para divulgar um produto, o anúncio de um evento ou uma grande promoção, pois é um conteúdo com prazo de de validade, seja uma semana ou um mês.

O Blog é um diário, ou seja, um site cuja estrutura permite a atualização rápida a partir de acréscimos dos chamados artigos e posts.

As redes sociais é um serviço online, plataforma ou site que se concentra na construção e reflexão de redes sociais ou das relações sociais entre as pessoas que, por exemplo, compartilham interesse e/ou atividades.

Com relação à acessibilidade na Web é tornar todos os serviços, assuntos e publicações tão fáceis de serem utilizados por todas as pessoas, que até esqueceremos que há diferenças. (Carla Nascimento – frase vencedora do concurso “Jornadas de Conhecimento - Acessibilidade na Web”)

Cabe lembrar que a tecnologia assistiva pode envolver equipamentos, eletrônicos ou não, para comunicação e funcionalidade no seu cotidiano escolar ou acadêmico, e cada planejamento deve ser considerado e organizado previamente ao início do ano escolar. Por exemplo, em casos de alunos com dificuldade de coordenação motora com as mãos, adquirir teclados e mouse de computador adaptados, órteses manuais, pranchetas com ou sem imã; no caso de um aluno DFM com dificuldade de fala, adquirir equipamentos de comunicação, tabuleiro de comunicação, entre outros. (ISRAEL; BERTOLDI, 2010, p.119).

Acessibilidade significa não apenas permitir que pessoas com deficiências ou mobilidade reduzida participem de atividades que incluem o uso de produtos, serviços e informação, mas a inclusão e extensão do uso destes por todas as parcelas presentes em uma determinada população.

Na informática acessibilidade significa o direito de acessar a rede de informações, bem como o direito de eliminação de barreiras arquitetônicas, de disponibilidade de comunicação, de acesso físico, de equipamentos e programas adequados, de conteúdo e apresentação da informação em formatos alternativos.

No que diz respeito à segurança da informação, questiona-se porque proteger as informações, pelo seu valor, pelo impacto de sua ausência, pelo impacto de seu uso por terceiros, pela importância de sua existência, pela relação de sua dependência com sua atividade.

Outra interrogação é quando proteger a informação, que deve ser no seu manuseio, armazenamento, transporte, descarte. E onde proteger que deve ser nos ativos que as custodiam, tais como físicos: agendas, sala, arquivo, cofre; tecnológicos: sistema, e-mail, servidor, notebook; humanos: funcionário, parceiro, secretária, porteiro.

E ainda, o que proteger nas informações, os principais conceitos são confidencialidade, integridade e disponibilidade. Tendo como aspectos da legalidade e da autenticidade.

As vulnerabilidades podem ser atingidas pela exploração de uma falha ou vulnerabilidade presente em um ativo.

A última interrogação é do que proteger, que dever ser das ameaças físicas: incêndios, inundação, curto circuito, apagão; tecnológicas: vírus, bug software, defeito técnico, invasão web; humanas: sabotagem, fraude, erro humano, descuido.

Muitos sistemas de informação não foram projetados para serem seguros. A segurança da informação que pode ser alcançada por meios técnicos é limitada e deve ser apoiada por uma gestão e por procedimentos apropriados. A identificação de controles a serem implantados requer um planejamento cuidadoso e uma atenção aos detalhes. (ANDRADE et al., 2012, p.98).

Vale lembrar que não há segurança da informação 100% (cem por cento) seguro. A segurança da informação se faz necessária para proteção do patrimônio, credibilidade e vantagem competitiva, cumprimento das responsabilidades e continuidade das operações e atividades.

Os riscos da falta de segurança em sistemas é o ataque de vírus destrutivos, de alteração de conteúdos; a vulnerabilidade a ataque de cavalos de Tróia, Sniffer, Servidores e serviços mal administrados (Port Scan), Roubo de identidade (Password cracking), engenharia pessoal (convencer alguém de revelar informações).

Com relação às políticas de segurança temos que senhas fortes, não divulgá-las, ser encriptada. O gestor deverá instruir os seus funcionários como deve operar o sistema, instruir sobre a política de segurança da empresa, sobre conteúdos de e-mail, SPAM.

Temos o Firewall que é definido como uma barreira de proteção, que controla o tráfego de dados entre seu computador e a internet (ou entre a rede onde seu computador está instalado e a internet). Seu objetivo é permitir somente a transmissão e a recepção de dados autorizados. [...] Explicando de maneira mais precisa, o firewall é um mecanismo que atua como “defesa” de um computador ou de uma rede, controlando o acesso ao sistema por meio de regras e a filtragem de dados. (ANDRADE et al., 2012, p.101).

Outro sistema de segurança que temos é a Criptografia, vejamos a seguir sua definição:

Criptografia é um processo matemático utilizado para reescrever uma mensagem de forma ilegível para pessoas não autorizadas. [...] o emissor da mensagem realiza o processo de embaralhar a mensagem original, tornando-a codificada e a envia. Ao receber a mensagem, o receptor irá transformar a mensagem codificada de volta em mensagem original. (ANDRADE et al., 2012, p.101).

A Assinatura Digital consiste na criação de um código, através da utilização de uma chave privada, de maneira que a pessoa ou  entidade que receber uma mensagem contendo este código possa verificar se o remetente é mesmo quem diz ser e identificar qualquer mensagem que possa ter sido modificada.

A assinatura digital será útil quando um emissor necessitar transmitir uma mensagem autêntica e quer que o receptor tenha certeza acerca de quem a enviou. Poderá então utilizar a sua chave privada para cifrar uma mensagem e enviá-la para um ou mais destinatários. (ANDRADE et al., 2012, p.103).

Em suma assinatura digital é um mecanismo eletrônico que faz uso de criptografia, mais precisamente, de chaves criptografadas.

Já o Certificado Digital é basicamente um documento eletrônico com assinatura digital que contém dados: como nome do utilizador (que pode ser uma empresa, uma pessoa, uma instituição, etc), entidade emissora, prazo de validade e chave pública.

Ou ainda, vejamos uma outra definição a seguir:

Certificado Digital é um documento emitido por uma Autoridade Certificadora (CA), que garante a identidade de uma pessoa ou empresa em transações digitais. Garante autenticidade, irretratabilidade e validade jurídica aos documentos e transações comerciais realizadas pela Internet. (ANDRADE et al., 2012, p.103).

Sendo assim, a Gestão da Informação vem colaborar na ampliação dos conhecimentos de todos aqueles que gozam do privilégio de estar a cursar a Pós-graduação em Gestão Pública.

Portanto, os conhecimentos adquiridos sobre a Gestão da Informação, são de suma importância na ampliação dos conhecimentos de todos aqueles que lidam com a gestão de órgãos da administração pública em todas as suas esferas, pois é de fundamental importância na vida profissional dos gestores o conhecimento das novas tecnologias que a cada dia são inseridas no mercado de trabalho.

REFERÊNCIAS

 

ANDRADE, Marcelo et al., TRT – Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região – DF e TO – Técnico Judiciário – Área Administrativa – Nível Médio – Conhecimentos básicos e específicos. Noções de informática. Brasília: Vesticon, 2012.

ISRAEL. Vela Lúcia; BERTOLDI, Andréa Lúcia. Deficiência físico-motora: interface entre educação especial e repertório funcional. Curitiba: Ibpex, 2010.

LAUDON, Kenneth; LAUDON, Jane. Sistemas de informação gerenciais. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2010.